Uma História Dentro da Outra e Lendas do Rio Doce
Simulador de Frete
- Calcular freteSinopse:
Ao redor do enorme ipê-amarelo, as árvores do pomar parecem pequenininhas. Do alpendre dá para ver as pastagens, a cachoeira, o Rio Doce. Do jirau dá para ver o mundo ? até a floresta Amazônica e os cangurus da Austrália, se você olhar bem. Mas o melhor de tudo são as conversas de Vovó Carolina. Prosa que revela histórias que passaram de geração a geração, atiçando as noites à beira do fogão a lenha. Assim é a vida no Sítio de Cima, onde a narradora deste Uma história dentro da outra e Lendas do rio Doce busca inspiração, cavoucando a memória que não é só sua, mas de toda uma comunidade.
A baía do Rio Doce ? enorme território às margens do rio que cruza parte de Minas Gerais e do Espírito Santo ? foi palco, em 2015, do maior desastre ambiental do Brasil. Mas não foi só a vida fluvial, a fauna e a flora ao redor que sofreram as consequências terríveis da tragédia. Tão exuberante quanto o ecossistema, a cultura e o imaginário do povo ribeirinho também vêm passando por perdas inestimáveis desde que o mar de lama tóxica invadiu municípios. As lendas e causos reunidas neste novo livro dão mostras de como é forte a cultura popular erigida ao redor do Rio Doce, e de como é importante preservá-la.
Munida de um texto saboroso e cheio de lirismo, Geny Vilas-Novas conta histórias como a do filho do caçador, que ficava sob os cuidados de um cão enquanto o pai saía para caçar; do Capeta que se transforma num gato preto para desmantelar a vida de um casal feliz; ou do menino que caiu dentro do rio e que o pai transformou num peixe enorme de escamas douradas. Entremeadas a essas lendas, as histórias da meninice no sítio. Lembranças da alegre convivência em família, com direito a telescópio feito de argila, expectativa ante um ovo de ema, quadro da Mona Lisa que dá medo. Assombros e brincadeiras de inventar e de imaginar, compartilhadas entre crianças e adultos.
Nesse ir e vir entre o íntimo e o popular, Geny Vilas-Novas cria um livro de grande voltagem poética, que ajuda a preservar a memória da cultura atrelada ao Rio Doce, ao mesmo tempo em que incita a imaginação e celebra a graça dos afetos. Uma viagem que fica ainda mais atraente com as ilustrações de Flávio Colin, craque do desenho que nos deixou em 2002.
Temas:
Poluição, Desmatamento, Meio Ambiente
Gênero:
Informativo
Literatura:
Infanto Juvenil
Autor:
Geny Vilas-Novas
Ilustração:
Flavio Colin
Páginas:
80
Acabamento:
Brochura
ISBN:
978-85-79331-12-1
Ano de Edição:
2017
Idioma:
Português
Produto Digital:
Não
Dimensões:
15 x 20
Editora:
Zit Editora
Os Autores:
GENY VILAS-NOVAS nasceu no Sitio de Cima, na parte alta da Fazenda Boa Esperança, que pertencia a seus avós, em Minas Gerais, no vale do rio Doce. Sua infância foi enriquecida pelos relatos maravilhosos que circulavam pela região, ouvindo as muitas histórias deste livro. Desde menina, adotou o rio como sendo seu, o que a levou a acreditar que todo escritor precisa ter um rio. Mora no Rio de Janeiro com o marido. Considera-se uma fazendeira eterna, mesmo sem terras e sem currais. Gosta de flores, do canto das aves e do cheiro da terra molhada. Ou seja, Geny Vilas-Novas nunca deixou o Sítio de Cima nem a Fazenda da Boa Esperança, onde passava longas temporadas com a avó. É autora dos romances Adeus, rio Doce (Bom Texto, 2006); Flores de vidro e Onde está meu coração (7Letras, 2015) e Fazendas ásperas (7Letras, 2017) Participou de diversas antologias de contos, entre as quais: Marquesa de Santos (Bom Texto, 2003), Tempo de Nassau, um príncipe em Pernambuco (Bom Texto, 2004), Ásperos e macios: histórias de amor e vingança (Bom Texto, 2010), e O rei, o rio e suas histórias (7Letras, 2012).
Flávio Barbosa Mavignier Colin ? Flávio Colin ? nasceu em 22 de junho de 1930, no Rio de janeiro. Em 1945 e 46, ainda nos tempos de colégio de frades franciscanos, na cidade de Porto União, em Santa Catarina, Colin já desenhava histórias em quadrinhos para seus amigos de classe, cobrando a módica quantia de um mil réis por cada história. Profissionalmente, começou a desenhar quadrinhos aos 26 anos, na RGE ? Rio Gráfica e Editora (atual Editora Globo), no Rio de janeiro, entre o período de 1956 a 1959. Seus primeiros trabalhos foram para a revista de casos verídicos X-9 e de cunho didático Enciclopédia. Na RGE, desenhou as estrangeiras O cavaleiro negro e Águia negra, e As aventuras do anjo, transposição para os quadrinhos de uma novela radiofônica, trabalho que mais lhe deu popularidade. Adaptou também para HQ o seriado de TV nacional O vigilante rodoviário. Em meados da década de 1960, foi convidado por Mauricio de Souza a desenvolver, com total liberdade, uma série de tiras diárias para o jornal Folha de São Paulo, que, na época, estava expandindo sua sessão de cartuns. Assim surgiu Vizunga, uma série sobre as lendas de caçadores e pescadores, que estreou em 1964. Apesar de ter sido publicada apenas durante dois anos, angariou um público fiel e, com o passar do tempo, se tornou um verdadeiro cult das HQs brasileiras. Em 1978, Ota Assunção republicou-a no gibi Eureka.